Por que as IAs cometem erros de processamento?

Tecnologia 26 de Dez de 2025

As inteligências artificiais generativas ganharam espaço rápido no dia a dia de empresas, profissionais e até órgãos públicos. Elas escrevem textos, resumem documentos, analisam informações e auxiliam decisões. Mesmo com toda essa evolução, ainda é comum ver respostas erradas, confusas ou até inventadas.

Isso levanta uma dúvida legítima: por que as IAs dão erros de processamento?

Entender essas falhas é essencial, especialmente para quem atua em áreas críticas como o Direito, onde precisão e confiabilidade são indispensáveis. Esses erros não acontecem por acaso. Eles estão ligados à forma como a IA é treinada, aos dados que recebe e às limitações naturais da tecnologia.

Nesse conteúdo, você irá entender:

Resumo para você
A IA gera respostas com base em probabilidade, não em entendimento
Dados incompletos ou enviesados influenciam diretamente os erros
Limitações técnicas e de contexto afetam a precisão das respostas

Resumo para você

Os erros de processamento das IAs generativas acontecem porque essas tecnologias trabalham com probabilidade, padrões e dados disponíveis, não com compreensão real ou validação factual. Elas são extremamente úteis para ganhar produtividade, organizar informações e acelerar tarefas, mas ainda dependem da supervisão humana.

Para profissionais do Direito, o uso responsável da IA passa por entender suas limitações, revisar conteúdos gerados e aplicar o conhecimento jurídico para garantir precisão e segurança. Quando bem utilizada, a IA é uma aliada poderosa. Quando usada sem critério, pode se tornar um risco.

A IA gera respostas com base em probabilidade, não em entendimento

Um dos principais motivos dos erros de processamento está no funcionamento básico da IA generativa. Esses sistemas não entendem o conteúdo como um ser humano entende. Eles funcionam a partir de cálculos estatísticos que identificam padrões em grandes volumes de dados e tentam prever qual é a resposta mais provável para uma determinada pergunta.

Isso significa que a IA não sabe se algo é verdadeiro ou falso. Ela apenas constrói frases que fazem sentido dentro do padrão aprendido. Quando o contexto é complexo, ambíguo ou muito específico, o modelo pode gerar respostas que parecem corretas, mas que não correspondem à realidade. No meio jurídico, isso pode resultar em interpretações equivocadas de conceitos, leis ou procedimentos.

Quanto mais detalhada e clara for a pergunta, menores tendem a ser esses erros. Ainda assim, a limitação estrutural continua existindo.

Dados incompletos ou enviesados influenciam diretamente os erros

Outro fator importante é a qualidade dos dados usados no treinamento da IA. Mesmo sendo treinadas com milhões de textos, essas ferramentas não têm acesso a todas as informações do mundo e nem sempre contam com dados atualizados ou equilibrados.

Quando existem lacunas nos dados, a IA tenta preencher essas ausências com padrões semelhantes já aprendidos. Isso pode gerar generalizações indevidas, omissões relevantes ou até informações inventadas. Além disso, se os dados de treinamento tiverem vieses, a resposta da IA pode refletir essas distorções.

No contexto jurídico, isso é ainda mais sensível, já que legislações mudam, entendimentos jurisprudenciais evoluem e cada caso possui particularidades que a IA pode não captar corretamente.

Limitações técnicas e de contexto afetam a precisão das respostas

As IAs também enfrentam limitações técnicas relacionadas ao contexto. Elas têm dificuldade em manter coerência ao longo de interações longas ou em cruzar informações complexas que exigem raciocínio jurídico aprofundado.

Outro ponto relevante é que a IA não valida fontes nem confirma fatos em tempo real. Ela apenas utiliza o que foi aprendido durante o treinamento. Por isso, pode apresentar respostas seguras mesmo quando está errada, o que aumenta o risco de confiança excessiva no resultado.

Esse comportamento reforça a importância do uso consciente da tecnologia. A IA deve ser vista como uma ferramenta de apoio, nunca como a única fonte de decisão ou interpretação.


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