Juntada de Ato Ordinatório: como funciona? Guia com dicas

26 de Ago de 2025

A juntada de ato ordinatório é um procedimento comum, mas que muitas vezes gera dúvidas entre advogados, especialmente aqueles que estão começando a atuar no contencioso. Trata-se de um registro essencial dentro do processo que garante transparência, organização e rastreabilidade das movimentações processuais.

O termo envolve dois conceitos importantes: o próprio ato ordinatório, que são as determinações de rotina feitas pelo cartório ou secretaria do tribunal, e a juntada, que é o registro ou inclusão desses atos nos autos do processo. Entender como funciona essa dinâmica é fundamental para acompanhar o trâmite processual de forma correta e garantir que nenhum prazo ou movimentação seja negligenciado.

Neste guia, vamos explicar o que é e qual o objetivo da juntada de ato ordinatório, detalhar o que configura um ato ordinatório, apresentar exemplos do que é e do que não é considerado ato ordinatório e trazer dicas práticas para advogados que desejam atuar de maneira estratégica.

Ao final, você terá uma visão clara e prática desse procedimento, essencial para manter o controle e a organização nos processos jurídicos.

O que é juntada de ato ordinatório?

A juntada de ato ordinatório é o procedimento pelo qual determinados atos praticados no processo são registrados formalmente nos autos. Em termos simples, é a inclusão documental que garante que todas as movimentações realizadas pelo cartório ou pela secretaria do tribunal fiquem registradas e acessíveis às partes envolvidas.

Essa prática é essencial para manter a transparência e a organização processual. Quando um ato ordinatório é praticado, como o despacho de intimação, a expedição de ofício ou a remessa de documentos, ele precisa ser juntado aos autos para que conste oficialmente no processo. A ausência dessa juntada pode gerar confusão, atrasos ou até questionamentos sobre a regularidade do procedimento.

Para advogados, compreender a juntada de atos ordinatórios é importante porque permite acompanhar com precisão cada passo do processo. Além disso, facilita a verificação de prazos, decisões e movimentações, garantindo que a estratégia processual seja baseada em informações completas e atualizadas.

Qual é o objetivo da juntada de ato ordinatório?

O principal objetivo da juntada de ato ordinatório é garantir que todas as movimentações e decisões de rotina praticadas no processo fiquem registradas oficialmente nos autos. Isso assegura transparência, controle e rastreabilidade, permitindo que todas as partes tenham acesso às informações de forma clara e organizada.

Além de servir como registro, a juntada facilita o acompanhamento do andamento processual. Advogados podem consultar os autos e verificar se determinadas providências foram tomadas pelo tribunal, como intimações, expedições de ofícios, remessas de documentos ou despachos de rotina. Dessa forma, é possível planejar estratégias de forma mais precisa e não correr o risco de perder prazos importantes.

Outro ponto relevante é a segurança jurídica. A juntada comprova formalmente que o ato foi praticado e registrado, evitando questionamentos futuros sobre irregularidades ou alegações de descumprimento de procedimentos processuais. Esse registro é especialmente útil em casos complexos, em que múltiplas partes ou advogados estão envolvidos.

O que é ato ordinatório?

O ato ordinatório é uma movimentação de rotina praticada pelo cartório ou secretaria do tribunal, sem a necessidade de decisão judicial. Em outras palavras, são procedimentos administrativos que visam organizar e dar andamento ao processo, mas que não envolvem julgamento ou análise do mérito pelo juiz.

Exemplos comuns incluem a intimação de partes, remessa de documentos, expedição de ofícios, juntada de petições e elaboração de certidões. Todos esses atos são essenciais para que o processo siga corretamente e que cada etapa seja registrada oficialmente nos autos.

É importante destacar que, embora os atos ordinatórios não impliquem decisões de mérito, eles são fundamentais para o controle processual, garantindo que todas as partes tenham ciência das movimentações e possam se organizar quanto aos prazos e às providências necessárias.

Para advogados, compreender o que configura um ato ordinatório é essencial, pois permite diferenciar essas movimentações de decisões judiciais ou despachos que exigem ação direta do profissional. Saber identificar esses atos ajuda a manter a rotina processual organizada e evita perda de prazos ou falhas na atuação.

Exemplos do que é e do que não é ato ordinatório

Compreender a diferença entre o que configura ou não configura um ato ordinatório é essencial para advogados que desejam acompanhar processos de forma precisa.

O que é ato ordinatório:

  • Juntada de petições aos autos
  • Expedição de ofícios ou cartas precatórias
  • Intimações de partes ou advogados
  • Elaboração de certidões de rotina
  • Remessa de autos entre órgãos do tribunal

Esses atos têm caráter administrativo, não envolvem decisão judicial e servem apenas para dar andamento ao processo.

O que não é ato ordinatório:

  • Despachos decisórios do juiz
  • Sentenças ou decisões de mérito
  • Decisões sobre tutelas provisórias
  • Determinações que exigem manifestação imediata do advogado

A distinção é importante porque atos que não são ordinatórios implicam análise judicial e podem exigir ação direta do advogado, enquanto atos ordinatórios são rotinas processuais que apenas são registradas e organizadas nos autos.

Dicas práticas para advogados sobre atos ordinatórios

Para advogados, entender e acompanhar os atos ordinatórios é fundamental para manter o controle do processo e garantir que nenhuma movimentação importante passe despercebida. Algumas práticas podem facilitar esse acompanhamento e tornar a atuação mais estratégica.

A primeira dica é consultar os autos regularmente. Atos ordinatórios podem incluir juntadas de petições, intimações ou remessas de documentos. Acompanhar essas movimentações ajuda a identificar quando uma ação precisa ser tomada ou quando há prazos a cumprir.

Outra prática recomendada é registrar e organizar cada movimentação. Manter uma planilha ou sistema de controle com datas, tipo de ato e ações necessárias facilita a gestão do processo e evita esquecimentos.

Também é importante diferenciar atos ordinatórios de decisões judiciais. Somente as decisões exigem respostas ou manifestações do advogado. Atos ordinatórios, por sua vez, devem ser monitorados, mas geralmente não requerem ação imediata, servindo mais como registro de rotina.

Por fim, manter-se atualizado sobre os procedimentos específicos do tribunal em que o processo tramita é essencial. Cada órgão pode ter pequenas variações na forma de registrar e realizar atos ordinatórios. Conhecer essas particularidades aumenta a eficiência e reduz riscos de falhas processuais.

Seguindo essas dicas, o advogado consegue acompanhar os atos ordinatórios de forma organizada, segura e estratégica, garantindo que todas as movimentações do processo sejam monitoradas adequadamente.

Conclusão

A juntada de ato ordinatório é um procedimento essencial para manter a organização, a transparência e a segurança jurídica dentro de um processo. Ao registrar formalmente atos de rotina, como intimações, juntadas de petições ou remessas de documentos, garante-se que todas as partes tenham ciência das movimentações e possam planejar suas ações de forma estratégica.

Compreender o que é um ato ordinatório, distinguir corretamente o que constitui ou não esse tipo de movimentação e acompanhar sua juntada aos autos é fundamental para advogados que desejam atuar de maneira eficiente. Pequenos erros nesse acompanhamento podem resultar em perda de prazos ou falhas na atuação profissional.

Além disso, adotar práticas organizadas, como monitoramento constante dos autos e registro sistemático das movimentações, fortalece a capacidade do advogado de tomar decisões assertivas e de evitar surpresas processuais.

Em resumo, dominar a dinâmica dos atos ordinatórios e de sua juntada não é apenas uma questão administrativa, mas uma ferramenta estratégica que contribui para o sucesso da atuação jurídica, garantindo que o processo transcorra de maneira organizada, segura e eficiente.

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