Correspondentes Jurídicos: como contratar?
Saiba o que são correspondentes jurídicos, quanto cobram e se precisam de OAB para atuar no seu escritório. Informação prática e confiável.

No dia a dia corrido da advocacia, é comum que advogados e escritórios lidem com demandas em diferentes regiões do país. Audiências em outras comarcas, protocolos urgentes, cópias de processos físicos… Tudo isso exige tempo, deslocamento e custo — e é aí que entra o correspondente jurídico.
Esse profissional é, basicamente, o braço do advogado fora do seu próprio território. Ele atua de forma terceirizada, prestando serviços pontuais, com agilidade e conhecimento da realidade local. Além de otimizar a operação do escritório, contar com correspondentes jurídicos é uma forma inteligente de reduzir despesas e manter a qualidade do atendimento ao cliente.
Mas afinal, o que exatamente faz um correspondente jurídico? Quanto ele cobra? É obrigatório ter OAB para atuar nesse papel? E onde encontrar profissionais confiáveis?
Se você também tem essas dúvidas, está no lugar certo. Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre essa função que tem ganhado cada vez mais espaço na prática jurídica moderna. Preparado para entender como os correspondentes jurídicos podem transformar a rotina do seu escritório?
O que são correspondentes jurídicos e qual sua função?
Os correspondentes jurídicos são profissionais que atuam como parceiros externos para advogados, departamentos jurídicos e escritórios de advocacia. Eles executam atividades específicas em localidades diferentes da sede do contratante, permitindo que as demandas sejam atendidas de forma mais ágil, econômica e estratégica.
Esses profissionais podem ser advogados, estagiários ou bacharéis em Direito, dependendo do tipo de serviço solicitado. O mais comum é que o correspondente jurídico atue em comarcas onde o contratante não possui presença física, evitando deslocamentos desnecessários e acelerando o cumprimento de tarefas que exigem atuação local.
A principal função do correspondente jurídico é ser os “olhos e ouvidos” do contratante fora da sua base. Ele pode representar o escritório em diligências, acompanhar audiências simples, protocolar documentos, tirar cópias de processos, buscar alvarás, fazer cargas rápidas e até realizar despachos com juízes ou servidores, quando permitido.
Ou seja, é uma solução prática para cobrir o território nacional com eficiência, sem precisar montar uma estrutura física em cada cidade. Na prática, o correspondente se torna uma extensão do escritório, oferecendo apoio operacional e garantindo presença em diversas localidades, sem abrir mão da qualidade do serviço jurídico.
Quais são os serviços mais comuns prestados por um correspondente jurídico?
Os serviços realizados por um correspondente jurídico são, em geral, tarefas pontuais, mas fundamentais para manter o bom andamento dos processos fora da comarca de atuação principal do escritório. A variedade de atividades é grande, mas alguns serviços são mais frequentes no dia a dia da advocacia.
Um dos principais é a realização de audiências simples, como as de conciliação, instrução preliminar ou mediação. O correspondente comparece em nome do advogado contratante, garantindo representação no ato processual mesmo à distância.
Também é bastante comum a execução de diligências em fóruns e cartórios, como retirada ou protocolo de petições, distribuição de ações, obtenção de certidões, autenticações e cópias de processos físicos. Essas tarefas, quando feitas por alguém local, agilizam o andamento processual e economizam tempo e recursos do escritório principal.
Além disso, o correspondente pode realizar cargas rápidas para retirada e devolução de autos físicos, buscar alvarás, fazer despachos com juízes ou servidores, quando permitido, e até visitas a órgãos administrativos para resolver pendências de clientes.
Com essa diversidade de funções, o correspondente jurídico se torna peça-chave na estrutura de qualquer escritório que atenda causas em diferentes localidades. Mais que um prestador, ele vira um parceiro estratégico na gestão dos processos.
Quanto cobra um correspondente jurídico?
Os valores cobrados por correspondentes jurídicos podem variar bastante, dependendo do tipo de serviço, da urgência da demanda e da localidade onde ela será executada. Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma tabela fixa nacional para esse tipo de prestação de serviço. Por isso, é comum que os preços sejam ajustados caso a caso.
De forma geral, serviços mais simples, como protocolo de petições, cópias de processos ou retirada de alvarás, giram entre R$ 50 e R$ 150, dependendo da comarca e da complexidade. Já audiências, principalmente quando envolvem deslocamento maior ou preparação prévia, costumam custar entre R$ 150 e R$ 500.
É importante lembrar que, além do valor base, pode haver custos extras, como deslocamento, estacionamento, cópias ou outras despesas operacionais. Muitos correspondentes já embutem esses valores no orçamento, enquanto outros apresentam como adicionais.
Outro ponto a considerar é a possibilidade de negociar pacotes ou contratos recorrentes, principalmente para escritórios que precisam de atuação frequente na mesma região. Essa prática pode ajudar a reduzir os custos e garantir maior previsibilidade na prestação de serviços.
A dica aqui é sempre alinhar expectativas com clareza e buscar profissionais com boa reputação, garantindo que o valor investido seja proporcional à qualidade da entrega.
Correspondente jurídico precisa ter OAB?
Essa é uma dúvida bastante comum, principalmente entre advogados em início de carreira ou escritórios que estão começando a contratar esse tipo de serviço. A resposta é: nem sempre.
A obrigatoriedade da OAB depende do tipo de serviço que será executado. Para atividades que envolvem atos privativos da advocacia, como representação em audiências ou despachos com juízes, é necessário que o correspondente seja advogado regularmente inscrito na OAB. Isso garante que ele possa atuar legalmente em nome do contratante.
Por outro lado, serviços administrativos ou operacionais, como protocolo de documentos, retirada de cópias ou entrega de petições, podem ser realizados por estagiários de Direito ou até mesmo profissionais sem registro na OAB, desde que não envolvam manifestação jurídica.
Portanto, ao contratar um correspondente jurídico, é essencial avaliar o tipo de diligência que será executada. Essa distinção evita problemas legais e assegura que o serviço esteja sendo prestado dentro das normas do exercício da advocacia.
A dica é simples: se a tarefa exige representação formal ou prática de ato jurídico, a OAB é indispensável.
Onde encontrar correspondentes jurídicos confiáveis?
Encontrar correspondentes jurídicos confiáveis é uma etapa essencial para garantir que suas diligências sejam realizadas com eficiência, responsabilidade e dentro dos prazos. Hoje, felizmente, há diversas formas de localizar bons profissionais — e a tecnologia tem sido uma grande aliada nesse processo.
Uma das maneiras mais práticas é utilizar plataformas especializadas em correspondência jurídica, como o JusBrasil Correspondentes, Migalhas Correspondentes, entre outras. Esses sites funcionam como verdadeiros marketplaces jurídicos, permitindo que você filtre profissionais por comarca, tipo de serviço e até avaliações de outros contratantes.
Além das plataformas, muitos escritórios ainda preferem buscar indicações de colegas de profissão ou utilizar grupos em redes sociais e aplicativos de mensagens voltados à advocacia. Nesses espaços, é comum encontrar listas de contatos regionais ou receber recomendações de profissionais já testados por outros advogados.
Independentemente do canal escolhido, o ideal é sempre fazer uma pesquisa prévia, analisar o histórico do correspondente e, se possível, solicitar referências. Um bom profissional costuma ser pontual, organizado, transparente e manter o contratante atualizado a cada etapa do serviço.
Lembre-se: correspondência jurídica é uma extensão da sua atuação. Escolher com cuidado faz toda a diferença.
Como contratar e o que observar antes de fechar um serviço?
Contratar um correspondente jurídico vai muito além de apenas escolher alguém disponível na comarca. É importante agir com cautela e profissionalismo para evitar dores de cabeça e garantir que o serviço seja executado com qualidade.
O primeiro passo é definir claramente o escopo da tarefa. Detalhe o que deve ser feito, prazos, documentos envolvidos e qualquer orientação específica. Quanto mais claro for o pedido, menor a chance de erro.
Em seguida, verifique o perfil do profissional. Cheque se ele possui inscrição na OAB (caso o serviço exija), experiências anteriores, avaliações em plataformas ou referências de outros colegas. Se possível, peça exemplos de serviços realizados.
Outro ponto essencial é combinar valores e prazos com antecedência. Evite deixar espaço para interpretações. Sempre confirme o que está incluído no valor (deslocamento, cópias, relatórios etc.) e prefira formalizar a contratação por escrito, mesmo que em e-mail ou mensagem registrada.
Também vale observar a comunicação do correspondente. Um bom profissional se mostra disponível, responde com clareza e mantém o contratante informado sobre o andamento da diligência.
No fim, contratar bem é saber equilibrar custo, confiança e competência. Escolher com critério é garantir tranquilidade.
Conclusão
Contar com correspondentes jurídicos é uma estratégia inteligente para escritórios e advogados que precisam atuar além da sua comarca de origem. Esses profissionais garantem agilidade, economia e eficiência, cumprindo diligências importantes sem que você precise se deslocar ou estruturar uma equipe local.
Como vimos, os correspondentes jurídicos exercem funções variadas, desde a realização de audiências simples até protocolos e diligências em fóruns e cartórios. Além disso, o valor cobrado varia conforme a complexidade e a região, e é fundamental entender que nem todas as atividades exigem inscrição na OAB — mas para atos privativos da advocacia, a obrigatoriedade é clara.
Encontrar correspondentes confiáveis pode ser facilitado por plataformas especializadas ou indicações de colegas, sempre acompanhando critérios de reputação e comunicação. E ao contratar, é essencial deixar o escopo do serviço claro, combinar valores e prazos, e manter um canal aberto de diálogo.
No contexto jurídico atual, marcado pela necessidade de inovação e otimização, os correspondentes jurídicos são parceiros valiosos que ajudam a expandir a atuação, melhorar o atendimento e tornar a rotina do escritório mais eficiente e estratégica.